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Mais de 40 pessoas foram vítimas de golpe do falso alvará em Manaus, diz Polícia Civil

Nesta terça-feira (26), policiais civis do Amazonas e do Ceará cumpriram 20 mandados de prisão e outros 28 de busca e apreensão contra suspeitos de envolvim...

Mais de 40 pessoas foram vítimas de golpe do falso alvará em Manaus, diz Polícia Civil
Mais de 40 pessoas foram vítimas de golpe do falso alvará em Manaus, diz Polícia Civil (Foto: Reprodução)

Nesta terça-feira (26), policiais civis do Amazonas e do Ceará cumpriram 20 mandados de prisão e outros 28 de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento no crime. Agentes cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (26). Divulgação/SSPDS Mais de 40 pessoas foram vítimas do grupo criminoso cujo integrantes se passavam por advogados para aplicar o 'golpe do falso alvará', informou a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). Nesta terça-feira (26), policiais civis do Amazonas e do Ceará cumpriram 20 mandados de prisão e outros 28 de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento no crime. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp Segundo a PC-AM, as investigações começaram em abril deste ano, após o recebimento de ao menos 14 denúncias. Uma das vítimas é a advogada Sarah Serruya, que teve o próprio nome e o escritório da qual é proprietária utilizados indevidamente pela quadrilha. "A gente se sente muito mal, muito mal. Não acontece diretamente comigo que sou advogada, mas ter o seu nome, ter o seu escritório envolvido em determinada prática que possivelmente possa incorrer a numa ilicitude e incorrer num golpe que o seu cliente pode cair. Isso é muito triste e muito, muito ruim”, disse. Nos golpes, a organização agia por mensagens de aplicativo e usava processos reais que corriam na Justiça. Segundo a polícia, os criminosos se passavam por representantes do escritório jurídico que cuidava do processo e afirmavam que o caso estava "em fase de liberação". Quando as vitimas retornavam o contato, para receber o valor do ganho de causa, a quadrilha pedia um depósito. Os valores variavam entre R$300 e R$9 mil. Segundo a polícia, os criminosos usavam alvará falso e tinham acesso a decisões judiciais e aos dados dos advogados e clientes. A análise das informações indicou que diversas contas, gerenciadas por pessoas diferentes, recebiam os valores das vítimas. “A gente conseguiu, através de ordens judiciais, individualizar a conduta de cada um, verificar o que cada um fazia nessa organização criminosa, qual era a sua atividade de cada indivíduo”, explicou o delegado de Repressão a Crimes Cibernéticos do Amazonas, Paulo Benelli. A vice-presidente da Comissão de Combate à Fraude contra a Advocacia e Sociedade da OAB/AM, Gabriela Soares, orienta a população sobre como evitar o golpe. “Uma das melhores formas de prevenção ao golpe no caso, se a pessoa verificar se aquele advogado que está falando com ela, que a pessoa se passa por advogado é o advogado que ela contratou. Então a primeira orientação que nós passamos é que a pessoa entre em contato com o advogado dela, com o número que ela tem antigo do advogado”, diz. A operação A ação contou com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) e da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os mandados são cumpridos nas cidades de Fortaleza, Maracanaú e Pacatuba, todas no Ceará. Também foi determinado o bloqueio de 184 contas bancárias ligadas à quadrilha. Segundo a polícia, a suspeita é de que a organização agia no Ceará e enganava clientes de advogados em todo o Brasil. Até o momento, os casos identificados foram registrados em Manaus. Os investigados poderão responder por estelionato qualificado pela fraude eletrônica, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, podem receber penas de até 26 anos de prisão.

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